sábado, 19 de janeiro de 2013

SAN PEDRO DE ATACAMA A TACNA

Olá Pessoal

Saímos de San Pedro de Atacama as 6:46 horas de 27/12/12 com destino a Tacna no Perú.

Seguindo na ruta 23, logo depois de San Pedro há uma subida de mais de 1000 metros de altura. 
 
Do alto desta cordilheira é que se inicia o Deserto do Atacama, o mais árido do mundo. 
Daí até Arequipa (Perú) são mais de 1.000 km sem vegetação, nem os famosos capins espinhentos da Patagônia existem.
Nem vestígios de animais ou pássaros.
Pausa para foto no meio do nada

Perto de Calama se desce novamente para a altitude de 2400 metros.

Calama é o centro minerador do Chile, cidade de médio porte com grande circulação de camionetas das mineradoras, equipadas com rádio comunicadores de longa distância, próprias para operação no campo.

A rodovia passa ao lado da famosa mina de cobre de Chuquicamata, considerada a maior do mundo a céu aberto. 
As visitas ao centro do mina devem ser agendadas com antecipação junto a mineradora Copelco. 
Mas a visão que se tem da rodovia já impressiona.

Em Calama se pega a ruta 24. Logo que se passa a cidade há uma nova serra com forte ascensão e logo depois há uma descida em linha reta de muitos quilômetros. Aqui se pode bater recorde de descida em ponto morto, ou bater recorde de consumo de combustível.

Depois de 80 km pegamos a ruta 5(longitudinal norte), que segue pelo meio do deserto até Arica.
Passar por esta rodovia é um misto de deslumbramento e desafio, visto que há poucos pontos de apoio logístico e uma paisagem que vai de pedras, pedras e areia ou simplesmente nada.

Fotos do Deserto de Atacama no link: http://digiphotus.blogspot.com.br/2013/08/deserto-de-atacama.html

Por incrível que pareça, neste ambiente hostil avistamos mais um ciclista testando seus limites no deserto.
Ciclista aventureiro no meio do deserto

Esta rodovia está em obras e há dois desvios de 10 km cada.


Perto de Maria Helena há uma interessante zona de geoglifos.

Também há uma interessante região de salar crespo de pintado entre Victória e Pozo Almonte.

Na reserva do Tamarugal há um longo trecho de estrada ruim, que vai até quase Pozo Almonte.
Há alguns poucos oásis, vilas e cidades. Apenas uma em condições de dar um apoio melhor, Pozo Almonte, onde almoçamos.


Almoço no Jugos Naturales de Pozo Almonte
O que muda a paisagem são alguns tornadinhos e os geoglifos presentes em muitos trechos.

Finalmente chegamos a cidade portuária de Arica.

Fizemos um abastecimento complementar de 4 litros de gasolina no Copec de Arica, para gastar o saldo de pesos chilenos.

Como chegamos cedo, imaginávamos que poderíamos dormir em Moquegua.
Foi um mero sonho, porque teríamos que enfrentar os burocráticos trâmites aduaneiros peruanos.


Despedida do Chile e tormento na aduana de Tacna - Perú
A saída do Chile foi tranquila, porém a burocracia peruana para a entrada de veículo no país beira o absurdo. Perdemos 3 horas na brincadeira. Isto sem filas. Imagina se tivesse muito movimento.
Com três formulários preenchidos e mais de 10 carimbos lá fomos nós procurar hotel em Tacna.

Na passagem de fronteira o odômetro registrava 13691, ou seja já havíamos rodado 3.880 km desde nossa saída de casa.

Há diferença de fuso horário entre Chile e Perú, portanto tivemos que atrasar nossos relógios em 2 horas. A diferença de fuso horário para Brasília é de 3 horas.

Como anoiteceu no trecho, fomos obrigados a dormir em Tacna.
Na manhã seguinte ainda teríamos que conseguir o SOAP, seguro obrigatório de veículos no Perú.

Percorremos neste trecho 754 km. Desde nossa saída de casa já percorremos 3.920 km com o nosso carro, mais 210 km com outros veículos.

Trilhas de GPS deste trecho da viagem:
http://www.openstreetmap.org/user/jairo58/traces/1374764
http://www.openstreetmap.org/user/jairo58/traces/1374766

Imagens dos mapas com os trajetos percorridos neste trecho da viagem:
San Pedro de Atacama a Calama

Calama a Pozo Almonte

Pozo Almonte a Tacna

Até mais

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