terça-feira, 29 de janeiro de 2013

LAGO SANDOVAL

Olá Pessoal

que estávamos em Puerto Maldonado, resolvemos fazer o passeio clássico dos gringos nesta cidade da amazonia peruana, a ida ao protegido Lago Sandoval na reserva Tambopata .

Às 8:00 horas de 05/01/13 já estávamos na agência para ver os detalhes do passeio ao lago. 
Ao vermos as fotos, perdemos o companheiro de viagem. O Reginaldo tem horror a água, principalmente se for em barquinho de pequeno porte. A Cátia estava animada, mas não teve jeito. 
De qualquer forma eles estavam com o cronograma apertado para chegar em Joinville até o dia 12.

Voltamos ao hotel, trocamos de roupa, nos despedimos e seguimos correndo para o cais. Deixamos nosso carro no estacionamento da Plaza de Armas, o Reginaldo e a Cátia seguiram viagem para o Brasil.

Já estavam nos aguardando no barco. Descemos o rio Madre de Deus por 1 hora. No percurso avistamos um jacaré albino de pequeno porte. Chegamos num cais de porto improvisado de um hotel de selva.

Num barraco construído em cima do barranco havia um "botário" cheio de botas de borracha enlameadas.


botário do hotel de selva
  Então ficamos sabendo que teríamos que trocar nossos calçados por botas de borracha, essenciais para se chegar até o lago. 

Voltamos ao barco e subimos o rio por 10 min, onde chegamos num outro atracadouro. Dali seguimos com o guia Carlos por uma trilha enlameada até a sede da Reserva Tambopata.

Depois do preenchimento do formulário de entrada na reserva,  seguimos trilha por mais de 1 hora. São 5 km de trilha lamacenta entre o barco e o igarapé que dá acesso ao lago.  

trilha de acesso ao Lago Sandoval
 É uma caminhada dentro da selva amazônica. O que nos surpreendeu foi a pouca diversidade da fauna e flora em relação a mata atlântica.

canoas no igarapé de acesso ao Lago Sandoval
O mais interessante deste deslocamento foi o passeio de canoa pelo igarapé até chegar ao lago. Remamos no lago por mais de uma hora e avistamos pouca coisa. Pequenos morcegos, pequenas tartarugas, pato cabeça de serpente e um bando de ciganas, aves pré-históricas que vivem ao redor do lago.

Então paramos num atracadouro que os operadores do passeio utilizam como área de descanso e de almoço. Fomos degustar o curioso almoço oferecido pela operadora do pacote turístico. Um delicioso arroz com galinha servido numa folha de caeté enrolada e amarrada. No pacote havia frutas para sobremesa.

Primeiro abrimos o pacote e verificamos tudo o que acompanhava para poder ver o que íamos comer primeiro.  

 Os gringos(alemães e holandeses) cairam literalmente de boca no arroz com galinha.  
Logo notamos que os talheres estavam enrolados junto com as frutas, mas foi engraçado e divertido ver os gringos comerem a galinhada com as mãos. 
Só depois o Jairo ficou com pena e mostrou os talheres.

almoço no Lago Sandoval
Agora o que não foi nada engraçado foi o acidente que ocorreu na nossa chegada ao atracadouro. 
Um adolescente alemão, que estava com o pai, se apressou para sair  da canoa, se desequilibrou numa tábua que estava nas margens e lá se foi a Canon EOS dele nas águas barrentas do lago.
Foi triste ver o esforço do jovem e de seu pai tentando limpar e enxugar a lente e sensores da máquina, mas sinceramente acho que foi em vão.

Depois da sesta o guia apareceu e aceleramos as remadas para sair rápido do lago, pois estava armando a maior trovoada. Os primeiros pingos ainda nos alcançaram dentro do lago.

A caminhada de volta até a sede da reserva foi feita debaixo de chuva e lama. Tivemos que aguardar um bom tempo na sede da reserva até que o barco chegasse no horário combinado.

Dali voltamos para o atracadouro do hotel de selva. Depois da troca de calçados, nos dirigimos para a sede do hotel de selva. Notamos que há esquema da operadora com os proprietários do hotel. 
Praticamente fomos forçados a conhecer o hotel, enquanto aguardávamos a saída do barco.
Pelo menos ali havia animais, mesmo que meio domesticados, uma arara e um bugio.  
  
Meia hora depois o barqueiro nos chamou e iniciamos a viagem de volta a Puerto Maldonado sob chuva intensa. 
Depois de meia hora paramos para socorrer outro barco que estava ancorado numa margem sem combustível. Para as bem-humoradas estudantes canadenses o resgate foi motivo de festa.

resgate das canadenses

A viagem de volta demorou 2 horas, porque o barco sobe o rio contra a correnteza. Chegamos ao cais de Puerto Maldonado ainda sob chuva intensa. Já que estávamos molhados resolvemos seguir debaixo de chuva até a Plaza de Armas.


CONSIDERAÇÕES SOBRE LAGO SANDOVAL

É passeio para gringo. Para quem nasceu e viveu muitos anos no litoral norte de Santa Catarina este passeio não agrega muita coisa, a não ser o fato de tê-lo feito.

Subir o Bararas ou o Três Barras na baia de Babitonga é muito mais interessante do que qualquer passeio no Madre de Deus. Não dá para comparar a beleza e variedade de fauna e flora.

Entrar no mangue do Iperoba também é muito mais interessante e divertido do que caminhar na trilha lamacenta da Reserva Tambopata. Ainda por cima, é possível levar um petisco para casa(caranguejo).

Na trilha do Castelo dos Bugres você encontrará uma diversidade infinitamente maior de fauna e flora do que na Reserva Tambopata.

Passear pela Lagoa Acaraí é muito mais interessante e você verá mais bichos do que no Lago Sandoval.

Está aí uma boa sugestão de pacote turístico para oferecer aos gringos. Conhecer a mata atlântica de Santa Catarina.  Espera aí... acho melhor deixar esta Bella e Santa para os catarinas.
 
Neste trecho percorremos 3 horas de barco e 10 km a pé. Desde o início da Expedição já percorremos 5.707 km no Clio, 772 km em veículos de terceiros, 9 km de trem, 2 km de tuc-tuc, 4 horas de barco e 19 km a pé.

Até mais

3 comentários:

  1. Este passeio no lago Sandoval valeu apenas por tê-lo feito mesmo !

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  2. entrar em roubada de vez em quando faz parte da arte de viajar Ane...

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  3. É verdade Luiz, devemos estar preparados para qualquer situação.
    Pensando bem...esta foi uma experiência enriquecedora.

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