sábado, 10 de maio de 2014

EL CHALTÉN A EL CALAFATE

Olá Pessoal

Saímos as 9:00 horas do hotel de El Chaltén a procura de borracheiro. Desde que o Clio perdeu a marcha ré, nossas preocupações com estacionamento e manobras nas áreas urbanas redobraram. 

Infelizmente o borracheiro de El Chaltén não estava equipado para fazer balanceamento, então teríamos que procurar uma borracharia em El Calafate.

No hotel nos informaram que as principais atrações paisagísticas de El Chaltén estão localizadas ao longo da RP23, estrada que leva ao Lago del Desierto.
Praça central de El Chaltén com Fitz Roy ao fundo
 Depois de algumas fotos da cidade e da Capilla Toni Egger, seguimos pela Costanera e ao final desta concluímos que o acesso seria pela ponte sobre o Rio de las Vueltas.

Fotos de El Chaltén no link:  http://digiphotus.com/2014/11/08/el-chalten/

Ao chegar no final da ponte percebemos que este era um acesso particular. Sem a ré, ficamos numa tremenda saia justa para planejar a manobra de retorno sem precisar ser guinchado.
Acreditamos que este foi o maior sufoco que passamos na viagem. Deu o maior trabalho empurrar morro acima cuidando para não despencar no rio. Enfim, micos de viagem.

Depois disto achamos a avenida San Martin e seguimos pela RP23 em direção ao Lago del Desierto.

Até o Lago del Desierto são 36 km de estrada de chão de péssima qualidade, mas a beleza paisagística deste trecho vale todo o sacrifício. 
 
Fotos do Valle de las Vueltas no link: http://digiphotus.com/2014/11/02/valle-de-las-vueltas/


Ao longo desta estrada há muitos locais para se fotografar as geleiras e o Cerro Fitz Roy, com excepcionais enquadramentos destas montanhas. Além disso há uma boa alternância de paisagens, com lagos e florestas.

Fotos do Fitz Roy no link:  http://digiphotus.com/2014/11/23/fitz-roy/

Uma das passagens mais bonitas é a travessia pela ponte de ferro sobre o Rio Eléctrico.

Atravessando o Rio Eléctrico
No final da estrada fica o Lago del Desierto, onde, além de apreciar a paisagem, há opção de passeio de catamarã. O forte vento e o frio não nos animaram a fazê-lo.

Na volta, no trecho de floresta um grupo de homens estavam manobrando material de construção e tivemos que aguardar. 

Por sorte, naquele momento eles perceberam uma movimentação na mata logo acima da estrada e em seguida nos chamaram sinalizando para nos deslocarmos em silêncio.
Tivemos o privilégio de ver e fotografar um raro casal de huemul, variedade de cervo de grande porte, endêmico desta região da Patagônia. 

Fotos do Valle do Lago Desierto no link: http://digiphotus.com/2014/11/15/valle-del-lago-desierto/

Depois que passamos o trecho de florestas percebemos que as montanhas estavam encobertas e já não dava para ver o Fitz Roy.

Há 4 km da cidade paramos para contemplar a bela trilha do Salto El Chorillo.
Fotos de El Chorrillo del Salto no link: http://digiphotus.com/2015/01/18/el-chorrilo-del-salto/

Infelizmente quando chegamos em El Chaltén as montanhas já estavam totalmente encobertas.
Almoçamos num pub e depois seguimos pela RP23 na direção da RN40. Com o horizonte encoberto mal dava para ver o Lago Viedma e as geleiras.

Depois de 90 quilômetros entramos na RN40 em direção a El Calafate. Alguns quilômetros adiante a rodovia segue o bonito vale do Rio La Leona, que nasce no Lago Viedma.
Neste trecho se avista guanacos, emas e muitas aves aquáticas.

Chegamos em El Calafate as 19:00 horas. 
Completamos o tanque com 37,65 litros de gasolina num YPF de El Calafate, tendo percorrido 588 km desde o abastecimento no YPF de Gobernador Gregores, perfazendo uma média de 15,62 km/l.

Na borracharia descobrimos que o pneu traseiro esquerdo estava galopeado(todo cheio de bolhas) e precisava ser trocado. O bichinho não suportou mais de 600 km de estrada de chão. Infelizmente era sábado a tarde e o comercio de pneus só abriria na segunda. 

Como já conhecíamos as principais atrações de El Calafate resolvemos seguir no dia seguinte cedo para Torres del Paine. Aproveitamos para cambiar um pouco mais de moeda chilena.

Ao anoitecer o tempo fechou e começou a garoar. Parecia que o mal tempo que nos perseguia desde Puerto Montt estava de novo ao nosso encalço.

Fomos dormir preocupados com as condições do tempo no dia seguinte.

Neste trecho percorremos 286 km, sendo 72 km em estrada de chão. Desde o início da Expedição já percorremos 5381 km, sendo 5307 km com o Clio (618 km em estrada de chão) e 74 km de balsa.

Trilhas de GPS deste trecho:
https://www.openstreetmap.org/user/jairo58/traces/1687613
https://www.openstreetmap.org/user/jairo58/traces/1687627

Mapa da rota traçada no OSRM:


Até mais

Equipe DigiPhotus

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