sábado, 10 de maio de 2014

EL CHALTÉN A EL CALAFATE

Olá Pessoal

Saímos as 9:00 horas do hotel de El Chaltén a procura de borracheiro. Desde que o Clio perdeu a marcha ré, nossas preocupações com estacionamento e manobras nas áreas urbanas redobraram. 

Infelizmente o borracheiro de El Chaltén não estava equipado para fazer balanceamento, então teríamos que procurar uma borracharia em El Calafate.

No hotel nos informaram que as principais atrações paisagísticas de El Chaltén estão localizadas ao longo da RP23, estrada que leva ao Lago del Desierto.
Praça central de El Chaltén com Fitz Roy ao fundo
 Depois de algumas fotos da cidade e da Capilla Toni Egger, seguimos pela Costanera e ao final desta concluímos que o acesso seria pela ponte sobre o Rio de las Vueltas.

Fotos de El Chaltén no link:  http://digiphotus.com/2014/11/08/el-chalten/

Ao chegar no final da ponte percebemos que este era um acesso particular. Sem a ré, ficamos numa tremenda saia justa para planejar a manobra de retorno sem precisar ser guinchado.
Acreditamos que este foi o maior sufoco que passamos na viagem. Deu o maior trabalho empurrar morro acima cuidando para não despencar no rio. Enfim, micos de viagem.

Depois disto achamos a avenida San Martin e seguimos pela RP23 em direção ao Lago del Desierto.

Até o Lago del Desierto são 36 km de estrada de chão de péssima qualidade, mas a beleza paisagística deste trecho vale todo o sacrifício. 
 
Fotos do Valle de las Vueltas no link: http://digiphotus.com/2014/11/02/valle-de-las-vueltas/


Ao longo desta estrada há muitos locais para se fotografar as geleiras e o Cerro Fitz Roy, com excepcionais enquadramentos destas montanhas. Além disso há uma boa alternância de paisagens, com lagos e florestas.

Fotos do Fitz Roy no link:  http://digiphotus.com/2014/11/23/fitz-roy/

Uma das passagens mais bonitas é a travessia pela ponte de ferro sobre o Rio Eléctrico.

Atravessando o Rio Eléctrico
No final da estrada fica o Lago del Desierto, onde, além de apreciar a paisagem, há opção de passeio de catamarã. O forte vento e o frio não nos animaram a fazê-lo.

Na volta, no trecho de floresta um grupo de homens estavam manobrando material de construção e tivemos que aguardar. 

Por sorte, naquele momento eles perceberam uma movimentação na mata logo acima da estrada e em seguida nos chamaram sinalizando para nos deslocarmos em silêncio.
Tivemos o privilégio de ver e fotografar um raro casal de huemul, variedade de cervo de grande porte, endêmico desta região da Patagônia. 

Fotos do Valle do Lago Desierto no link: http://digiphotus.com/2014/11/15/valle-del-lago-desierto/

Depois que passamos o trecho de florestas percebemos que as montanhas estavam encobertas e já não dava para ver o Fitz Roy.

Há 4 km da cidade paramos para contemplar a bela trilha do Salto El Chorillo.
Fotos de El Chorrillo del Salto no link: http://digiphotus.com/2015/01/18/el-chorrilo-del-salto/

Infelizmente quando chegamos em El Chaltén as montanhas já estavam totalmente encobertas.
Almoçamos num pub e depois seguimos pela RP23 na direção da RN40. Com o horizonte encoberto mal dava para ver o Lago Viedma e as geleiras.

Depois de 90 quilômetros entramos na RN40 em direção a El Calafate. Alguns quilômetros adiante a rodovia segue o bonito vale do Rio La Leona, que nasce no Lago Viedma.
Neste trecho se avista guanacos, emas e muitas aves aquáticas.

Chegamos em El Calafate as 19:00 horas. 
Completamos o tanque com 37,65 litros de gasolina num YPF de El Calafate, tendo percorrido 588 km desde o abastecimento no YPF de Gobernador Gregores, perfazendo uma média de 15,62 km/l.

Na borracharia descobrimos que o pneu traseiro esquerdo estava galopeado(todo cheio de bolhas) e precisava ser trocado. O bichinho não suportou mais de 600 km de estrada de chão. Infelizmente era sábado a tarde e o comercio de pneus só abriria na segunda. 

Como já conhecíamos as principais atrações de El Calafate resolvemos seguir no dia seguinte cedo para Torres del Paine. Aproveitamos para cambiar um pouco mais de moeda chilena.

Ao anoitecer o tempo fechou e começou a garoar. Parecia que o mal tempo que nos perseguia desde Puerto Montt estava de novo ao nosso encalço.

Fomos dormir preocupados com as condições do tempo no dia seguinte.

Neste trecho percorremos 286 km, sendo 72 km em estrada de chão. Desde o início da Expedição já percorremos 5381 km, sendo 5307 km com o Clio (618 km em estrada de chão) e 74 km de balsa.

Trilhas de GPS deste trecho:
https://www.openstreetmap.org/user/jairo58/traces/1687613
https://www.openstreetmap.org/user/jairo58/traces/1687627

Mapa da rota traçada no OSRM:


Até mais

Equipe DigiPhotus

PERITO MORENO A EL CHALTÉN

Olá Pessoal

Saímos as 9:00 horas de 14/03/14 do hotel em Perito Moreno direto para oficina. 
Depois de checarem a área externa da caixa de câmbio e verificarem a barra de transmissão, os mecânicos concluíram que a avaria tinha sido dentro da caixa de transmissão.
Como o carro estava na garantia e tinham me informado que a concessionária mais próxima ficava a 850 km, em Rio Gallegos, só nos restava continuar a viagem sem a marcha ré.

Seguimos viagem pela RN40 em direção a Gobernador Gregores. Este trecho está praticamente todo asfaltado, restando liberar os 10 km finais.
Neste trecho sentimos a força do vento patagônico. Em alguns trechos ficava difícil manter o carro na rodovia.
 
 Numa das paradas para fotografar ao sairmos do carro tínhamos que fazer força para nos mantermos em pé.
Sob a força do vento patagônico

Aqui a vegetação é desértica e o destaque é a forte presença de guanacos. 

Fotos do deserto patagônico no link: http://digiphotus.com/2015/09/27/deserto-da-patagonia/

Perto do meio dia chegamos em Gregores. Completamos o tanque com 19,76 litros de gasolina, tendo percorrido 364 km desde o abastecimento no YPF de Perito Moreno, perfazendo uma média de 18,42 km/l.

Ainda preocupados com o problema na caixa de câmbio, nos informamos no restaurante onde almoçamos sobre alguma oficina qualificada onde pudéssemos obter uma segunda avaliação.

Nos indicaram a Lubricenter, onde tivemos uma excelente impressão pela organização e limpeza do local. 
Depois de uma checagem detalhada foi confirmado o diagnóstico dado em Perito Moreno.
O proprietário disse que o mais prudente seria deixar para consertar no Brasil, pois as peças para o conserto poderiam demorar muitos dias e comprometer nosso esquema de viagem.

Então nos dirigimos para a RN40 em direção a Tres Lagos. 
Este trecho da rodovia está em obras. Intercalam trechos asfaltados com trechos em ripio, além de muitos desvios também de ripio.

No final de tarde, num trecho de ripio, cruzamos com o Pedro Nalesso, jovem aventureiro de Florianópolis em sua cruzada sulamericana de bicicleta.  Depois de um breve papo e de trocarmos experiências seguimos em frente, pois já estava anoitecendo.


O aventureiro Pedro Nalesso
Já tinha anoitecido quando passamos por Tres Lagos. A partir daí a estrada é asfaltada. Desde Gregores foram 90 km de estrada de chão. 
Este trecho da RN40 é um dos principais habitats naturais do guanaco.
Desde Perito Moreno avistamos mais de 1000 destes animais perto da rodovia.

Fotos dos bichos da Patagônia no link:  http://digiphotus.com/2015/01/25/bichos-da-patagonia/

Ao atingirmos a velocidade de cruzeiro notamos que o carro estava trepidando. Logo concluímos que um dos pneus traseiros estivesse desbalanceado. O jeito foi reduzir um pouco a velocidade para garantir estabilidade.

Chegamos em El Chaltén as 22:00 horas.

Neste trecho percorremos 665 km, sendo 100 km de estrada de chão. Desde o início da Expedição já percorremos 5095 km, sendo 5021 km de Clio(546 km em estrada de chão) e 74 km de balsa.

Trilhas de GPS deste trecho:
https://www.openstreetmap.org/user/jairo58/traces/1687444
https://www.openstreetmap.org/user/jairo58/traces/1687610

Mapa da rota traçada no OSRM:



Até mais

Equipe DigiPhotus

quarta-feira, 7 de maio de 2014

COYHAIQUE A PERITO MORENO

Olá Pessoal

Saímos as 9:00 horas de 13/03/14 de Villa Jara em Coyhaique, seguindo na Carretera Austral em direção a Villa Cerro Castillo.

A passagem pelo magnífico Valle Simpson é um dos pontos altos deste trecho de beleza incomparável . 

Fotos do Valle Simpson no link: http://digiphotus.com/2014/08/15/valle-simpson/

A aproximação de uma região montanhosa, habitat do huemul, um tipo de cervo, aumenta nossa expectativa sobre a visão da principal atração da Carretera, o Cerro Castillo.

Ao final da travessia montanhosa se chega ao Mirador Cuesta del Diablo, de onde se avista o Cerro Castillo. 
Mirador Cuesta del Diablo
A partir daí paramos várias vezes para tentar acertar o melhor enquadramento desta fantástica montanha em formato de castelo medieval.

Fotos do Cerro Castillo no link:  http://digiphotus.blogspot.com.br/2014/04/cerro-castillo.html

Seguimos até Villa Cerro Castillo, onde infelizmente não encontramos lugar adequado para almoçar. 
Ao mesmo tempo baixou uma neblina fechando o horizonte. 
Como já era hora do almoço e Puerto Rio Tranquillo ficava há mais de 3 horas de viagem, resolvemos voltar alguns quilômetros e ver as opções em Puerto Ibañez.

Este trecho da Carretera Austral a partir de Villa Cerro Castillo tinha o agravante de ser de ripio, numa volta de 300 km, contornando o Lago General Carrera até chegar a Los Antiguos.

A estrada de acesso a Puerto Ibañez fica antes da subida ao Mirador Cuesta del Diablo e a paisagem a partir dali é muito bonita e interessante. 
Há vários pontos que permitem um enquadramento diferenciado do Cerro Castillo.
Perto da cidade há um mirante com uma bonita vista para o Lago Buenos Aires.

Chegamos em Puerto Ibañez ao meio dia e fomos almoçar. 
Durante o almoço soubemos que a travessia para Chile Chico/Los Antiguos era feita diariamente as 19:00 horas. 
Soubemos também da existência do Paso Pallavicini, acessível normalmente por automóveis.

Ainda com muitas dúvidas fomos até a área portuária para nos certificarmos do horário de travessia e então resolvemos atravessar a fronteira pelo Paso Pallavicini.

Na aduana chilena fomos convencidos pelo atendente a fazer o contorno do Lago General Carrera, pois segundo o atendente, este é um dos trechos mais bonitos da Carretera Austral. 
Na verdade, o contorno do lago fazia parte do roteiro da Expedição, e este foi o empurrão de que precisávamos.

Pegamos estrada novamente em direção a Villa Cerro Castillo. 
Logo depois do trevo já começa o ripio e aquela tradicional poeirada.

Mas o cenário realmente compensa. O vale do Rio Ibañez é muito bonito.
Depois das muitas paradas para fotografar o lindo cenário desta região e de rodarmos uns 20 km, desceu uma forte neblina e começou a garoar.
Alguns quilômetros mais a frente o Rio Ibañez forma um grande e lindo lago. Como o horizonte fechava cada vez mais resolvemos parar para tomar nova decisão.

Fotos do Vale do Ibañez no link: http://digiphotus.com/2014/10/21/valle-del-ibanez/

A garoa fina e o horizonte fechado inviabilizavam nosso propósito principal que era apreciar o cenário e fotografar belas paisagens. 
E o que pesava em nossa decisão era a condição da estrada. Enfrentar 270 km e mais de 8 horas de estrada de chão não faria muito sentido.

Fotos dos Confins da Carretera no link: http://digiphotus.com/2014/09/14/nos-confins-da-carretera/

Então demos a volta mais uma vez, retornando para Puerto Ibañez com a ideia fixa de atravessar a fronteira pelo Paso Pallavicini, pois não tínhamos paciência para esperar mais 4 horas para fazer a travessia pela balsa.

Depois dos trâmites legais passamos pela aduana chilena e seguimos pela estradinha X65 em direção a fronteira argentina. No início esta estradinha é pavimentada com lajotas.
A paisagem deste primeiro trecho é de tirar o fôlego. A vista do Lago Buenos Aires é simplesmente fantástica.

Fotos do Paso Pallavicini no link: http://digiphotus.com/2014/10/26/paso-pallavicini/

Saindo da encosta a vegetação passa a ser desértica, típica da Patagônia. 
A aduana argentina de Paso Pallavicini fica a 20 km de distância de Puerto Ibañez. 
As instalações aduaneiras são simples mas o atendimento e simpatia dos funcionários são dignos de registro.


Aduana de Paso Palavicini
A aduana fica totalmente isolada da civilização e a partir daí é um estradão de ripio até Perito Moreno. 
A RP45 atravessa uma região desértica onde merecem nota apenas a Estância El Cerrito, alguns guanacos e muitos mata-burros.

Depois de muitas derrapadas, chegamos em Perito Moreno as 20:00 horas. 
Completamos o tanque com 23,59 litros de gasolina num YPF de Perito Moreno, tendo percorrido 379 km desde o abastecimento no Copec de Coyhaique, perfazendo uma média de 16,07 km/l.

Na hora de estacionar para averiguar instalações hoteleiras tivemos uma surpresa, o carro estava sem marcha ré. 

Mas isto era dor de cabeça para o dia seguinte.

Neste trecho percorremos  370 km, sendo 166 km em estrada de chão. Desde o início da Expedição já percorremos 4430 km, sendo 4356 km com o Clio(446 km em estrada de chão) e 74 km de balsa.

Trilha de GPS deste trecho:
https://www.openstreetmap.org/user/jairo58/traces/1687089

Mapa da rota traçada no OSRM:



Até mais

Equipe DigiPhotus

sexta-feira, 2 de maio de 2014

VILLA SANTA LUCIA A COYHAIQUE

Olá Pessoal

Depois de uma noite tumultuada, saímos as 7:05 horas de 12/03/14 de Villa Santa Lucia, seguindo pela Carretera Austral na direção de Coyhaique.

Saindo de Santa Lucia havia um trecho de 1 km de asfalto, depois estrada de chão com muitos desvios, devido as obras de infraestrutura para asfaltamento.


Esta região do sul do Chile é composta basicamente por florestas úmidas. Variando muito pouco. 
Neste trecho existem poucos vilarejos. Depois de Villa Santa Lucia, temos Santa Teresa, Fresia, Villa Vanguardia e La Junta.
Então se chega a pequena Puyuhapi, onde há uma boa infraestrutura turística. 
Esta cidade foi construída na ponta de um fiorde, portanto suas águas tem comunicação com o Pacífico.
Além de hospedagem e alimentação é um bom ponto de apoio para abastecimento de combustíveis.

A atração imperdível da região é o Parque Nacional Queulat, cuja principal atração é o Ventisquero Colgante. O acesso ao parque fica 24 km ao sul de Puyuhuapi, na Carretera Austral. 
Nele existem várias trilhas para se caminhar, além do visual fantástico de uma geleira se desfazendo em cascata. 

Fotos do Parque Nacional Queulat e do Ventisquero Colgante no link: http://digiphotus.blogspot.com.br/2014/07/ventisquero-colgante.html

A poucos quilômetros da saída do parque encontramos a Marion, simpática ciclista francesa na sua jornada até o sul do continente. 
O bate papo com ela nos deu ânimo para prosseguir em nossa jornada pelas estradas de ripio.
A francesa Marion em sua jornada sulamericana
Alguns quilômetros mais a frente encontramos um grupo de três ciclistas alemães de meia idade também descendo a Carretera.

Fotos dos Confins da Carretera no link: http://digiphotus.com/2014/09/14/nos-confins-da-carretera/

Três quilômetros mais a frente começa uma serra muito forte, antes da entrada para Puerto Cisnes.
Depois deste acesso a rodovia passa a ser asfaltada e  a estrada acompanha o bonito vale do Rio Cisnes. Neste trecho se avista vários "ventisqueros" e a uma sutil mudança de paisagem. 

Fotos do Vale do Cisnes no link: http://digiphotus.com/2014/09/05/valle-del-cisnes/

 Finalmente as 15:00 horas paramos na Villa Amengual a cata de algum restaurante para saciar nossa fome. Depois de circular pela simpática vila percebemos que a única opção era o Café da Melinda, lanchonete que funciona numa carcaça de ônibus abandonada.


Lanchinho no Café da Melinda
Depois de saciarmos nossa fome, seguimos viagem na direção de Coyhaique. Alguns quilômetros adiante o Lago Las Torres emoldura a paisagem.

A partir daqui a paisagem deixa de ser floresta para ter um ar mais de montanha e também começam os trechos de campos e pastagens.

Também ganha destaque a passagem pelo bonito vale do Rio Mañihuales.

Agora a aproximação de Coyhaique traz uma mudança radical e surpreendente na paisagem, que passa a ser desértica de montanha. Esta troca radical causa um impacto.

Coyhaique é a maior cidade do sul do Chile e está incrustada no sopé de uma montanha. 

Completamos o tanque com 35,5 litros de gasolina num Copec de Coyhaique, tendo percorrido 606 km desde o abastecimento no Copec de Puerto Montt, perfazendo uma média de 17,07 km/l.

Seguimos mais alguns quilômetros pela Carretera Austral até Villa Jara, onde nos hospedamos numa cabana de montanha.

Neste trecho percorremos 365 km, sendo 177 km de estrada de chão. Desde o início da Expedição já percorremos 4060 km, sendo 3986 km com o Clio (280 km em estrada de chão) e 74 km de balsa.

Trilha de GPS deste trecho:
https://www.openstreetmap.org/user/jairo58/traces/1687077

Mapa da rota traçada no OSRM:


Até mais

Equipe DigiPhotus

quarta-feira, 30 de abril de 2014

HORNOPIRÉN A VILLA SANTA LUCIA

Olá Pessoal

Com o céu encoberto saímos as 9:30 horas do hotel em Hornopirén seguindo a Carretera Austral com destino a Chaitén.
No porto de Hornopirén aguardamos o embarque no navio sob garoa constante.
As 10:00 horas iniciamos o embarque para uma viagem de 3:30 horas até Leptepu.
O navio Alexandrina tem capacidade para 250 pessoas. A logística de embarque dos veículos, caminhões e ônibus chamou a atenção de todos. 
 
Navio Alexandrina atracado em Hornopirén

Sobre a área das cabines do navio há um terraço coberto ideal para observar a paisagem e fotografar, quando o tempo é bom. Sem pestanejar nos posicionamos no terraço e depois de meia hora e de passar muito frio, descobrimos a existência de cabines fechadas e climatizadas com bar e lancheria, bem embaixo dos nossos pés.
O almoço alternativo foi a moda dos nativos locais, a base de empanadas e chocolate quente.

São 60 km de travessia por canais de fiordes. Infelizmente o céu encoberto e a garoa intermitente não nos possibilitou apreciar a beleza do local.
Mas pelos relatos de quem já fez esta travessia são raros os momentos de bom tempo nesta região do sul do Chile.

Fotos dos Fiordes Chilenos no link: http://digiphotus.com/2014/09/01/fiordes-chilenos/


Em Leptepu há um trecho de 10 km de estrada de chão até Fiordo Largo, onde se pega outro navio até Caleta Gonzalo. 
Aqui o inusitado é o embarque, que é feito de ré. Os carros manobram e descem a rampa de ré. Outra fato é que este transbordo é feito por balsas menores, cujo embarque é por ordem de chagada.
Esta travessia de 8 km é feita em 30 minutos.

A partir daí são mais 57 km de estrada de chão até Chaitén. 
A estrada passa pelo Parque Pumalin, importante reserva florestal do sul do Chile. No trajeto há senderos e locais para visitação.
Tiramos as capas de chuva da bagagem e percorremos um pequeno sendero de 1km para conhecer a vegetação da região.

Fotos do Parque Pumalin no link:  http://digiphotus.com/2014/09/26/parque-pumalin/
 
Desolação provocada pela erupção do vulcão Chaitén

 20 km antes de chegar em Chaitén há um longo trecho de floresta morta pela última erupção do vulcão Chaitén, ocorrida em maio/2008.


Em Santa Bárbara, perto do entroncamento com a W821 há algo inusitado, o aeroporto de Santa Barbara utiliza o leito da rodovia como pista.  Deve ser engraçado, interromper o transito a cada descida ou decolagem de avião.
A inusitada pista de Santa Bárbara

Em 2008 as cinzas do vulcão Chaitén simplesmente soterraram a pequena cidade de Chaitén. 
Hoje a população ainda luta para recompor suas atividades. 
A baía em frente a cidade tem quilômetros de aterro de lama e cinzas acumuladas pela erupção e trazidas pelas águas do rio Chaitén.
Abaixo uma das matérias publicadas na imprensa brasileira dá uma ideia da extensão do problema. A população da cidade teve que ser evacuada.
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,chile-retira-moradores-apos-erupcao-de-vulcao-chaiten,168311,0.htm

Como ainda era cedo e depois de nos certificarmos que haveria hospedagem nos vilarejos seguintes, compramos mantimentos em Chaitén e seguimos pela Carretera na direção Puerto Cardenas. 
Este trecho de 44 km está asfaltado.

A imponente ponte de Puerto Cardenas
Logo depois da imponente ponte estaiada sobre o rio Yelcho acaba o asfalto e a estrada de chão está em obras, com muitos desvios. São 31 km até Villa Santa Lucia.

Fotos dos Confins da Carretera no link: http://digiphotus.com/2014/09/14/nos-confins-da-carretera/

As 20:00 horas paramos em Villa Santa Lucia para dormir. Mas o nosso dia ainda não tinha terminado e algo inusitado viria a acontecer.

Villa Santa Lucia tem somente duas opções decentes de hospedagem e as duas estavam lotadas. Felizmente a senhora que loca cabanas ficou com pena da gente e nos alojou na casa dela.

Mas tinha uma condição, teríamos que sair as 7:00 horas, porque ela precisava ir a Chaitén na manhã seguinte.

Mas nossa noite neste lugar foi inesquecível. 
Logo depois apareceu um ciclista inglês caindo de bêbado, já com a língua travada, exigindo hospedagem. 
A senhora ficou receosa de abrigá-lo dentro de casa e ofereceu de graça um lugar num quartinho de fundos.

Mas o "borracho" não se conformou e começou a esbravejar impropérios. Para piorar ele só falava inglês.

Ele passou boa parte da noite batendo nas paredes, xingando e chamando palavrões. Para acalmá-lo a senhora foi obrigada a chamar a polícia local.
 

Quando passou o efeito da manguaça, o ébrio inglês sossegou e acabou dormindo .

Neste trecho percorremos 215 km, sendo 103 km de estrada de chão. Desde o início da Expedição já percorremos 3695 km, sendo 3621 km com o Clio( 225 km em estrada de chão) e 74 km de balsa

Trilha GPS deste trecho:
https://www.openstreetmap.org/user/jairo58/traces/1687076 

Mapa da rota traçada no OSRM:

 
Até mais

Equipe DigiPhotus

terça-feira, 29 de abril de 2014

PUERTO MONTT A HORNOPIRÉN

Olá Pessoal

Como chegamos no sábado a noite em Puerto Montt, aproveitamos o domingo para dar uma volta pelo Mercado Angelmo, região portuária, cambiar moeda na rodoviária e comprar as passagens de balsa para o trecho da Carretera Austral entre Hornopirén e Chaitén.

Portal do Mercado Angelmo em Puerto Montt
Infelizmente só conseguimos passagem de balsas para terça-feira(11/03/14). Como estava chovendo resolvemos ficar em Puerto Montt até segunda cedo.

Fotos de Puerto Montt no link: http://digiphotus.com/2014/08/10/puerto-montt/

Saímos as 8:35 horas de 10/03/14 de Puerto Montt com destino a Hornopirén, numa manhã chuvosa.
Completamos o tanque com  13,98 litros de gasolina no COPEC do Mercado Angelmo, tendo percorrido 247 km desde o abastecimento no ACA de Villa Angostura, perfazendo uma média de 17,07 km/l.
Seguimos pela Avenida Diego Portales até encontrar o início da ruta 7(Carretera Austral), que segue sempre a beira mar até La Arena, num trajeto asfaltado de 45 km.

Em La Arena existe serviço de balsas a cada hora para a travessia de 6 km até Caleta Puelche. 
A partir de Caleta Puelche são 55 km de estrada de chão em péssimas condições, com várias obras, interrupções e desvios. Imagina a situação que enfrentamos num dia chuvoso.
Para quem utiliza a via diariamente resta o consolo das obras de pavimentação estarem ocorrendo num bom ritmo.

Chegamos em Hornopirén perto do meio dia. Depois das reservas em hotel fomos almoçar e conhecer a área central desta simpática localidade.

Centro de Hornopirén
Pena que o tempo encoberto não possibilitou avistar as montanhas e o famoso vulcão Hornopirén, nem conhecer os parques locais.

 Fotos de Hornopirén no link:  http://digiphotus.com/2014/08/22/hornopiren/ 

Neste trecho percorremos 108 km, sendo 55 km de estrada de chão. Desde o início da Expedição já percorremos 3480 km , sendo 3474 km com o Clio( 122 km em estrada de chão) e 6 km de balsa.

Trilha de GPS deste trecho:
https://www.openstreetmap.org/user/jairo58/traces/1687031

Mapa da rota traçada no OSRM:




Até mais

Equipe DigiPhotus

PICUN LEUFU A PUERTO MONTT

Olá Pessoal

Saímos as 8:20 horas da manhã de 08/03/14 de Picun Leufu seguindo na RN237 na direção de Piedra del Aguila.  
Logo depois de Piedra del Aguila encontramos um grupo de guanacos, raros nesta região.

O grande lago formado pela construção de uma hidrelétrica numa região desértica sempre abre possibilidades para boas fotos, por isso a região de Confluência é parada obrigatória.
Fotos da região de Confluência no link: http://digiphotus.blogspot.com.br/2014/06/matizes-da-confluencia.html

Neste local há um pequeno posto YPF ACA, ótimo ponto para um lanche rápido e reabastecimento.

ACA de Confluência
 Logo depois de Confluência a rodovia contorna o Valle Encantado do Limay, um dos melhores pontos para se fotografar neste trecho.
Fotos do anfiteatro do Valle Encantado do Limay no link:http://digiphotus.blogspot.com.br/2014/06/anfiteatro-do-vale-encantado.html

Seguimos pela RN 237 até perto de Bariloche, quando tomamos a RN 40 na direção de Villa La Angostura.

A passagem por Villa la Angostura nos causou um impacto positivo. A cidade havia literalmente ressurgido das cinzas do Puyehue, como uma verdadeira fênix andina. Os sinais daquela tragédia passam despercebidos por quem visita a cidade nos dias atuais.

Fotos de Villa la Angostura no link: http://digiphotus.blogspot.com.br/2014/07/la-angostura-fenix-andina.html

Antes de atravessar a fronteira precisaríamos cambiar moeda. Infelizmente era sábado e a casa de câmbio estava fechada. Num final de semana o melhor local para cambiar moeda é Bariloche.


Ou seguíamos para o Chile ou esperávamos até segunda.
Depois de fazermos as compras básicas, resolvemos tentar cambiar na fronteira.

Em Villa La Angostura completamos o tanque com 29,13 litros de gasolina no YPF ACA, tendo percorrido 481 km desde o abastecimento no YPF ACA de Cipolletti, perfazendo uma média de 16,51 km/l.

Parada em Villa la Angostura
Na fronteira só cambiavam dólar e as duas moedas locais. Nos informaram que em Puerto Montt as casas de câmbio trocavam reais. Então trocamos um pouco de moeda e nos dirigimos a Puerto Montt, início de nosso roteiro.

Seguimos na CH215 até Entre Lagos, quando então tomamos atalho passando por Frutilar.
Chegamos em Puerto Montt as 21:00 horas.

Neste trecho percorremos 585 km. Desde o início da Expedição já percorremos 3366 km, sendo 67 km de estrada de chão.

Trilhas de GPS deste trecho:
https://www.openstreetmap.org/user/jairo58/traces/1687005
https://www.openstreetmap.org/user/jairo58/traces/1687030 

Mapa da rota traçada no OSRM:


Até mais

Equipe DigiPhotus